Verdes campos da minha terra Florescem, para inspirar... Livre canto da minha terra. Canto forte, para exaltar: Portinari! Do azul celestial, A beleza pictórica do mural. Com destemor, Retratou, sem fantasia, Nosso diário labor Sonhos e sobrevivência Nos cafezais, no algododeiro, Na procura eterna, o garimpeiro. Pintou, com poesia, A força que no agreste se fazia. Nosso chorar, nosso sorrir. Na tela e gigantescos murais... Foi o primeiro a colorir Nossos problemas sociais!
Sertão, Grande inspirador! Daquele que seria O nosso maior pintor. Morro! Também fostes retratado, E o moleque esfarrapado, Que vendia 'alguma coisa' No tabuleiro, para ganhar o pão, Ele pintou com emoção. E quando a ONU o convidou Para o painel da Sala das Nações... Deslumbrou, na cor, O tema profundo Guerra e Paz no mundo Assegurando o seu lugar, Além de nossos corações... É imortal na história da pintura universal!