Império da Tijuca

Samba-Enredo 1968

Império da Tijuca


Verdes campos da minha terra
Florescem, para inspirar...
Livre canto da minha terra.
Canto forte, para exaltar:
Portinari!
Do azul celestial,
A beleza pictórica do mural.
Com destemor,
Retratou, sem fantasia,
Nosso diário labor
Sonhos e sobrevivência
Nos cafezais, no algododeiro,
Na procura eterna, o garimpeiro.
Pintou, com poesia,
A força que no agreste se fazia.
Nosso chorar, nosso sorrir.
Na tela e gigantescos murais...
Foi o primeiro a colorir
Nossos problemas sociais!

Sertão,
Grande inspirador!
Daquele que seria
O nosso maior pintor.
Morro!
Também fostes retratado,
E o moleque esfarrapado,
Que vendia 'alguma coisa'
No tabuleiro, para ganhar o pão,
Ele pintou com emoção.
E quando a ONU o convidou
Para o painel da Sala das Nações...
Deslumbrou, na cor,
O tema profundo
Guerra e Paz no mundo
Assegurando o seu lugar,
Além de nossos corações...
É imortal na história da pintura universal!

Composição: Ailton Furtado E Mario Pereira

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