Tornei-me um ébrio na bebida busco á esquecer Aquela ingrata que eu amava e que me abandonou Apedrejado pelas ruas vivo a sofrer Não tenho lar e nem parentes tudo terminou Só nas tabernas é que encontro meu abrigo Cada colega de infortúnio é um grande amigo Embora tenham como eu seus sofrimentos Me aconselham e aliviam o meu tormento
Já fui feliz e recebido com nobreza Até Nadava em ouro e tinha alcova de cetim E a cada passo um grande amigo que depunha fé E nos parentes confiava sim E hoje ao ver-me na miséria tudo vejo então O falso lar que amava e que a chorar deixei Cada parente cada amigo era um ladrão Me abandonaram e roubaram o que amei
Falsos amigos eu vos peço imploro a chorar Quando eu morrer na minha campa nenhuma inscrição Deixai que os vermes pouco a pouco venham terminar Este ébrio triste e este triste coração Quero somente que na campa em que eu repousar Os ébrios loucos como eu venham depositar Os seus segredos ao meu derradeiro abrigo E suas lágrimas de dor ao peito amigo
Já fui feliz e recebido com nobreza Até Nadava em ouro e tinha alcova de cetim E a cada passo um grande amigo que depunha fé E nos parentes confiava sim E hoje ao ver-me na miséria tudo vejo então O falso lar que amava e que a chorar deixei Cada parente cada amigo era um ladrão Me abandonaram e roubaram o que amei
Compositor: Antonio Vicente Felippe Celestino (Vicente Celestino) ECAD: Obra #2707 Fonograma #31888686