[Verso 1] Deixa eu te falar, vim te confessar Acho que eu também sou poeta e não aprendi a amar Cruzes que eu já carreguei, cada um com a sua é a lei Ontem mesmo eu perguntei: "Por que que eu nunca parei? Ein? " Quer saber o que me move? Quer saber o que me prende? São correntes sanguíneas, não contas correntes Não conta com a gente pra assinar seu jornal Vocês descobriram o Brasil, né? Conta outra Cabral É um país cordial, carnaval, tudo igual Preconceito racial mais profundo que o Pré-Sal Tira os pobre do centro, faz um cartão postal É o governo trampando, Photoshop social Bandeirantes, Anhanguera, Raposo, Castelo São heróis ou algoz? Vai ver o que eles fizeram Botar o nome desses cara nas estrada é cruel É o mesmo que Rodovia Hitler em Israel
[Sampler]
[Verso 2] Também quero a revolução, mas não sou imbecil Quem não sabe usar um lápis, não vai saber usar um fuzil Por isso os mic, as Mk e os spray pra mostrar Quem vai tá preparado pra segurar as Ak Mas vem cá, ó na rua é salve geral e os moleque, sobe os Pm E o rap tenta ser legal, se esvazia e sobe os Bpm E quanto mais as velocidade Vê-ve-velocidade das batida aumenta Maior viagem, mas as mensagens São entendidas em câmera lenta Nosso esporte predileto ainda é lotar os bares Esvaziar os lares, mano, nós somos milhares Miseráveis na arquibancada se matando E os 22 milionários se divertindo em campo (Haha...) Violência vicia soldado e eu sei bem (Bem!) A guerra não é santa nem aqui e nem em Jerusalém É o Brasil da mistura, miscigenação Quem não tem sangue de preto na veia deve ter na mão