Iridio E Irineu
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Boiada Criminosa

Iridio E Irineu

Mocinhas Da Cidade


Quem passar naquela estrada nesta mesma direção
Vê de longe uma boiada lá no alto do espigão
O seu dono é o rei do gado que tem essa exposição
Pra mostrar pra muita gente esses bois que ali estão
Deu trabalho no passado
Fez boiadeiro afamado desistir da profissão

Um vaqueiro da fazenda por nome de Sebastião
Me disse que esta boiada tem vinte anos de prisão
São muitos criminoso e a pedido do patrão
Com a ponta de sua faca foi escrito no mourão
Que a passagem é proibida
Quem tiver amor na vida não pisa naquele chão

Ali está o boi Fumaça que passou a vida inteira
Junto com o boi Ventania noite e dia nas capoeira
Boi Palácio e boi Cigano também não foi brincadeira
Estão no meio desta manada presos na mesma mangueira
Junto com o boi assassino
Que matou em Ouro Fino o menino da porteira

O boi lá do Espraiadinho e o mestiço Cuiabano
Também estão nessa invernada ali fechados há muitos anos
Pra completar a boiada só um boi tá me faltando
Que foi vendido em Barretos pra o senhor doutor fulano
Que comprou do rei do gado
Pagando preço dobrado libertou o boi Soberano

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Compositores: Antonio Vicente Pereira Filho (Rei da Mata), Celio Pires
ECAD: Obra #265153 Fonograma #1101335

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