Eu que sempre me esforçava E divertia a majestade Tive um dia uma vontade, Uma vontade de ser rei.
Pois achava que seria Um reinado diferente Imaginava que no dia Que o palhaço fosse rei Todo mundo sorriria - Até quando? Eu não sabia E até hoje ainda não sei.
Mas o fato é que tentei.
Algo em mim se rebelava E as piadas que eu contava Que eu contava para o rei, Ele delas já não ria Muito menos a rainha Que me olhava com desdém.
Percebendo a ousadia De um palhaço que queria Algum dia ser o rei Mas, no fundo, eu já pensava ?Dentro dessa majestade, Algo novo comecei?.
Pelo modo que me olhava, Quando agora eu cantava Como nunca eu cantei Talvez pelo meu encanto Quer marcara o meu passado Tantas coisas eu notei
Mas o fato é que tentei.
Eu olhava diferente Ele ria indiferente Prepotente como um rei Apesar do seu semblante Contorcido e espantado Pelo clima que eu criei.
Pois o que eu não esperava, Uma festa no castelo (?Oba! É a chance que esperei?) Nela, então, eu cantaria Para o povo da cidade: - Eu confesso que chorei.
Todo mundo aplaudiria Até mesmo a tal rainha Que nos sonhos já amei, Gritaria com alegria: - Viva a nossa majestade! Esse é o homem que eu esperei!
Mas o fato é que tentei.
Mas eu nunca esperaria O que viria pela frente, Isso nunca imaginei: Pois na hora em que seria O tal monarca apunhalado ouvi gritos e gelei.
Era a voz da majestade Que soava sorridente, Prepotente como um rei.
A tal festa, na verdade, É apenas um presente, Um presente desse rei Para um velho adolescente Meu amigo, que de todos Os palhaços é o rei.
Mas confesso que tentei.
Compositores: Marcus Vinicius Dias Sampaio (Marcus Dias), Isaac Candido Junior (Isaac Candido) ECAD: Obra #2322671