Um brazino meio sangue "Apurado" pra poleango! Refugador de porteira Por excelência matreiro De certo se "olvidava" Que nunca andei em "sabugo" E jamais deixei refugo Quando vou parar rodeio
(Recitado) Meu pingo já pressentia Mascando o aço do freio
A cachorrada da estância Carregou dentro do mato Batendo atrás do aragano Que saltou de cola erguida Sem rumo, nem direção Cortando o campo no meio Até parar num costeio Que ensina as voltas da lida
Atropelei meu tordilho Encostando no "alçado" D'outro lado, outro "centauro" Escorava o atropelo Eram três numa carreira Formando uma só silhueta Paleta contra paleta Roçando pêlo com pêlo
(Recitado) Só não sabia o brazino Que o sangue dos "centauros" Também fervia na artéria
Talvez o touro maleva Se alçasse pelo instinto! Taureando a força da vida Que brota na primavera Quando o setembro fervilha Corcoveando pelas veias E o rodeio matrereia Berrando e cheirando a terra
(Recitado) Trovejou o chão da estância Num pataleio crioulo
Só não sabia o brazino Que o sangue dos "centauros" Também fervia na artéria Saudando a pampa em floreio Risquei-lhe o lombo com a espora Para mostrar ao matreiro Que a paleteada é o sinuelo De quem refuga o rodeio
Compositores: Luis Andre da Silva Oliveira (Andre Oliveira), Jean Pablo de Moura Machado ECAD: Obra #3604220 Fonograma #25747360