Chê de Deus! ... Há pouco tempo num lançante lá dos fundos Quase dei adeus pro mundo por andar desprevenido Vi "meus caco" repartido num bufido e um par de coice O dia virando noite e as basteiras num rangido
Nessas horas traiçoeiras, que nos pegam "despacito" Eu vinha fechando um pito "c'oas rédea" em volta "dos pulso" Chê de Deus! Que baita susto! Menos mal que sou ligeiro Abri a perna, por campeiro, tapando a grito e a cusco
Mas Chê de Deus! ... Quase que caio! Ao dar o "taio" saí do basto E ali, de arrasto, junto "às macega" Se foram "as rédea", lambendo o pasto
Mais adiante, lá na volta, manoteei no desgraçado Com "o zóio" arregalado, pressentia o que eu pensava Pois agora lhe restava esperar pelo castigo Deixar de ser atrevido e pagar pelo pecado
Chê de Deus! Os "meus arreio" aprumei e alcei a perna Cavalo não se governa, solito montei de novo! No costado só "os cachorro", mas desenganei o potro Pra não "tá tentiando" os outros quando menos se espera
"Cuê pucha"! Que lida bruta! De fato facilitei Depois de tudo, ainda pitei o palheiro que eu queria Mas recordo aquele dia, e no sonho ainda vejo "Tentiando" me "ganhá" o "cuero" na lida que eu me criei
Compositores: Evair Suarez Gomez (Evair Gomez), Rivair Alves da Silva Neto (Zeca Alves), Ricardo Martins ECAD: Obra #13597622 Fonograma #25747266