Venho daquele horizonte Onde a estrada é um reponte E a liberdade é chirua Na pampa larga estendida Venho daquela querência Onde o campo é referência Pra quem perdeu o sentido Das coisas "buenas" da vida
Venho daquele rincão Onde o patrão e o peão Batem estribo parelho No camperear das coxilhas Venho daquelas planuras Onde as garças são pinturas E cavalos riscam mapas Pelo manto das flechilhas
De onde venho? Ora, de onde venho!
Das carretas pra quitanda Do gado pro saladeiro Do charque pelas caronas Na redenção dos tropeiros Das estâncias legendárias Da água benta do poço Do lencito maragato Nos tempos do "sabe, moço... "
De onde venho? Ora, de onde venho!
Dos candeeiros de estopa Dos gaiteiros "só de ouvido" Do café preto e biscoito Nos bailes de chão batido Dos domingos de alpargata Dos "comércio de carreira" Da "alma véia de campo... " Coisas da fronteira!
Venho daqueles galpões Onde a alma são tições Alimentando palheiros E horas de camboneadas Venho daquelas rodilhas Onde o mate e a figuerilha Ajojam mitos campeiros A remembrar pataquadas
Venho bem daquela gente Onde o bairrismo é latente Sempre que um se atravessa Maldizendo a "Pátria Gaucha" Venho daquele sistema Onde "mudar" é um dilema Pra quem sepultou a vida Nos remendos da bombacha
De onde venho? Ora, de onde venho!
Das carretas pra quitanda Do gado pro saladeiro Do charque pelas caronas Na redenção dos tropeiros Das estâncias legendárias Da água benta do poço Do lencito maragato Nos tempos do "sabe, moço... "
De onde venho? Ora, de onde venho!
Dos candeeiros de estopa Dos gaiteiros "só de ouvido" Do café preto e biscoito Nos bailes de chão batido Dos domingos de alpargata Dos "comércio de carreira" Da "alma véia de campo... " Coisas da fronteira!