Do braço de uma pitangueira Vim de alma e coração Fui falquejado a facão Serviçal a vida inteira Sou tarraxa de violão Pro encordoado da porteira Sou tarraxa de violão Pro encordoado da porteira
Por vezes, sou campo aberto E, por outras, corredor Escolhido atento e a dedo Pelo olhar do monteador
Barbequim, ferro de pua Batismo de alambrador Barbequim, ferro de pua Batismo de alambrador
Já dormi na terra molhada Em sereno do vão da porteira E até uma roceira Esfregando a pança Trançou-me de pêlos
E nas chuvas largas Quando empoça as águas Junto da porteira Tive o céu bendito Junto a mim, pertito Salpicando estrelas
Tenho jeito de querência E um olhar bombeando estrada Conforme o lado que tranco Denuncio a cruzada
Pra lá, ganharam o mundo Pra cá, rumbearam pras casa Pra lá, ganharam o mundo Pra cá, rumbearam pras casa
Já rondei noites escuras Sujeitando a terneirada Ouvindo o berro do gado Pela cria desmamada
Vi um gaucho apear contente Avistando sua morada Vi um gaucho apear contente Avistando sua morada