Fecho os olhos, tô indo no antigo caminho que tanto passei Recordei à fartura, de frutas maduras, de novo fiquei Sob o limoeiro, perto do chiqueiro, sombreando o chão Meu passado inteiro enfim parecendo dizer assim, seja bem-vindo irmão Eu ouvi alguém dizer: Que saudades de você! E chorei de emoção Este alguém está em mim é algo que não tem fim, minha imaginação
Vi o sol pelas frestas em meio as florestas e os pindaíbas Sua luz preguiçosa nas águas formosas dos mananciais Quando naquelas beiras, as aves faceiras no seu revoar Batem asas por ali, como a dizer pra mim esse é o nosso lugar Eu ouvi alguém dizer: Que saudades de você! E chorei de emoção Este alguém está em mim, é algo que não tem fim minha imaginação
Escutei comovido o cantar tão gemido de uma juriti E o sol escaldante naquele instante da tarde senti Quantas nuvens no céu, navegando ao léu, no azul infinito Um desenho então eu vi, se formar só para mim cada vez mais bonito Eu ouvi alguém dizer: Que saudades de você! E chorei de emoção Este alguém está em mim, é algo que não tem fim minha imaginação
Eu entrei no paiol quando o olhar do sol despediu-se do dia Pus milho no jacá, pra dos porcos tratar com sempre fazia Galinhada apressada com a hora marcada de ir pro poleiro Galo forte brigador deixa claro sem temor quem é o rei do terreiro A saudade judiou, eu envolto em minha dor, choro em meu travesseiro
Compositores: Ivanildo Francisco de Souza (Ivan Souza), Julio Cesar Borges Garcia (J. Cesar) ECAD: Obra #16774554