Andei um pouco sumido, fiquei um tempo calado Mas sei que já consigo, a não falar do passado Se eu não disser me castigo, vivendo atormentado Buscando em minha memória, o arquivo de minha história Eu tenho muito chorado
Ouvir o que eu lhe digo, nem esteja interessado A verdade é que eu prossigo, nesse mundo desalmado Então no freio eu mastigo, tal cavalo mal domado Eu quero voltar pro campo, e a noite ver pirilampos A piscar alvoroçados
Com tanta maldade aqui, eu chego a ficar pasmado Muitas vezes pressenti que tinha o peito sangrado Isso tudo eu nunca vi, no pequeno povoado Eu quero ouvir o coaxo, dos sapos lá no riacho Aonde eu passava à nado
A verdade é que o futuro, só me deixa amedrontado Não tem altura de muro, isso já foi constatado Lá na roça é mais seguro, já me sinto obstinado Eu quero acordar ouvindo, vaca leiteira mugindo E o galo de madrugada
Eu arrumei a matula, já tá tudo engatilhado Nada me desestimula a seguir o planejado Somente o que me vincula, é um amor tresloucado Mas agora estou contente, nosso amor é consistente Ela disse docemente Eu estarei ao seu lado!
Compositores: Ivanildo Francisco de Souza (Ivan Souza), Julio Cesar Borges Garcia (J. Cesar) ECAD: Obra #23061242