Ivan e Júlio
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Tudo Engatilhado

Ivan e Júlio


Andei um pouco sumido, fiquei um tempo calado
Mas sei que já consigo, a não falar do passado
Se eu não disser me castigo, vivendo atormentado
Buscando em minha memória, o arquivo de minha história
Eu tenho muito chorado

Ouvir o que eu lhe digo, nem esteja interessado
A verdade é que eu prossigo, nesse mundo desalmado
Então no freio eu mastigo, tal cavalo mal domado
Eu quero voltar pro campo, e a noite ver pirilampos
A piscar alvoroçados

Com tanta maldade aqui, eu chego a ficar pasmado
Muitas vezes pressenti que tinha o peito sangrado
Isso tudo eu nunca vi, no pequeno povoado
Eu quero ouvir o coaxo, dos sapos lá no riacho
Aonde eu passava à nado

A verdade é que o futuro, só me deixa amedrontado
Não tem altura de muro, isso já foi constatado
Lá na roça é mais seguro, já me sinto obstinado
Eu quero acordar ouvindo, vaca leiteira mugindo
E o galo de madrugada

Eu arrumei a matula, já tá tudo engatilhado
Nada me desestimula a seguir o planejado
Somente o que me vincula, é um amor tresloucado
Mas agora estou contente, nosso amor é consistente
Ela disse docemente
Eu estarei ao seu lado!

Compositores: Ivanildo Francisco de Souza (Ivan Souza), Julio Cesar Borges Garcia (J. Cesar)
ECAD: Obra #23061242

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