Nasci numa noite escura, o campo é meu universo Já no meu primeiro choro, saí farquejando um verso A primeira mamadeira, foi a guampa de "cuiada" E a minha maternidade, é a sombra de uma ramada
A "véia" louca de campeira me pariu sobre os pelegos E eu me fui meio de arrasto cantando nos arvoredos Votlei lá de pura terra com os joelhos esfolados Por isso que não me ajoelho nem pra pagar meus pecados
Meta cancha que eu me pranxo,que eu me boto e me boleio Que eu vareio um sapateio, que eu tenho "cosca" nos "pé" Meta cancha que eu me pranxo, me remancho e me floreio E mando um pombo correio levar beijo pras "muié"
Porque eu sou louco de bagual,eu sou louco de bagual E faço muito sucesso com as mulher da capital Porque eu sou louco de bagual,eu sou louco de bagual Diz que eu sou o último grito,tipo bonito e rural
Me criei abagualado, entreverado com os bichos Meio serro pra crinudo, tapado de carrapicho Ando galopeando potro, peleando com a destreza Solteiro e desempedido, a mazia da bagualeza
Faço ronca a oito soco, em canto de "sarta as veia" peço um bagual e solto, arrasto pelas orelhas Tô vivendo em manotaço, hoje tô de cuia ao goncho Vo arrasta umas "muié" pra lambe sal no meu coch
Compositores: Elton Benicio Escobar Saldanha (Elton Saldanha), Jose Joao Sampaio da Silva (Joao Sampaio), Odenir dos Santos ECAD: Obra #700914 Fonograma #1449046