Um dia cheio Em um dia cheio de caças Casas de muros vermelhos Pretos rentes a vitrais de prata Visionários rumo ao inferno Tal o inverno não tem E o sol se arrasta Enconsta sobre as costas quentes E derrete a gente no meio da praça E derrete a gente no meio da praça
E você me falou que seu calor não era assim Queimava a fogo minha carne enquanto eu Me esquentava em ti Disse que a cidade vermelha Teria dilúvios na madrugada Esperei as aguas de março Enquanto enxarquei meus olhos Enquanto tornei-me caça Enquanto tornei-me caça
Um estouro no peito Deitando em meio as traças Ruas de lares enfermos Guetos quentes onde escalda e embaça Visionários de chapéu e terno E mais tudo o que se tem E tudo que se acaba A crosta sob suas mentes Caindo em frente em uma nova desgraça Enfrente uma nova desgraça Pois há em frente uma nova desgraça Então enfrente uma nova desgraça
E você me falou que seu calor não era assim Queimava a fogo minha carne enquanto Eu me esquentava em ti Disse que a cidade vermelha Teria dilúvios na madrugada Esperei as aguas de março Enquanto enxarquei meus olhos Enquanto tornei-me caça Tornei-me de novo sua caça
Compositor: Murilo Henrique Jacintho (Jacintho) ECAD: Obra #38036050 Fonograma #42796630