Tive lendo num romance De um casal de namorado De Rosinha e Catimbau Dois jovens apaixonado Rosinha família rica Catimbau era um coitado
Capataz de uma fazenda Mas trabalhador honrado Adomava burro brabo No laço era respeitado Um caboclo destemido, ai Por tudo era admirado, ai
Catimbau encontrou Rosinha Lá no arto do espigão Por se ver os dois sozinho Quis aproveitá da ocasião Catimbau pediu um beijo Rosinha disse que não, ai
Ela bem tava querendo Mas não deu demonstração De tanto que ele insistiu Ela deu a decisão Vamos deixar pra outro dia, ai Para as festas de São João, ai
Passaram cinco mês Chegou o esperado dia Rosinha tava mais linda Como uma flor parecia A festa tava animada Todos com grande alegria
Quando o pai de Rosa veio Perguntando quem queria Mostrar ciência no laço Pra laçá o boi Ventania Os vaqueiro amedrontado, ai Todos eles se escondia, ai
Chamaram então Catimbau Mas ele não atendeu Rosinha disse, meu bem Vá fazê o pedido meu Catimbau é corajoso Mas nesta hora tremeu, ai
Depois de um sorriso amargo Pra Rosinha respondeu Eu vou laçar este touro Pra te mostrar quem sou eu Mas depois eu quero o beijo, ai Que você me prometeu, ai
Catimbau mais que depressa No seu bragado amontou Chegou a espora no macho E a laçada ele aprontou A laçada foi certeira Que o povo se admirou, ai
Catimbau foi infeliz O bragado se atrapalhou O laço fez uma vorta No seu pescoço enrolou Com o pealo que o boi deu Sua cabeça decepou, ai
Trouxeram a cabeça dele Rosinha nela pegou Chorando desesperada Desse jeito ela falou Catimbau prometi um beijo Receba agora eu te dou, ai
Na boca do seu amado Tristemente ela beijou Este é o fim de uma história Dando provas que se amou Rosinha e Catimbau, ai Que a morte separou, ai