Carro de boi na sucata do destino Você é o ouro fino, polegar da minha mão Sua cantiga sua marca registrada Privilégio da estrada, patrimônio do sertão A sua mesa machucada pelos fueiros E o toque do carreiro com a vara de ferrão Ao cabeçalho prende a canga que perdeu O mugido que prendeu, pra deixar rastros no chão
Esteira verde, laço, corda, boi boiada Uma rede pendurada, balançando no meu ser Carro e carreiro, curva, serra, chão caminho No ranchão estão juntinhos definhando até morrer
Carro do boi da cartilha da infância Num sotaque de criança, foi gigante sem saber Deixei o lápis, fiz a vara de ferrão Espetei minha emoção, quando vim lhe conhecer Porém agora machucado pelos fueiros Lá se vão carro e carreiro, pra sucata sem querer Carro de boi por favor me empreste a mesa Quero por minha pobreza, e depois lhe agradecer
Esteira verde, laço, corda, boi boiada Uma rede pendurada, balançando no meu ser Carro e carreiro, curva, serra, chão caminho No ranchão estão juntinhos definhando até morrer
Compositores: Joao Doracio (Carlos Cesar), Oswaldo de Freitas Morgado (Morgado) ECAD: Obra #3913977 Fonograma #19199