Estou voltando pra minha terra Já não agüento mais tanta solidão Aqui distante a barra é pesada Saudade danada do meu sertão Tenho saudade de fogão de lenha Onde minha mãe capricha no café Me lembra bem dos bailes de barraca E à noite inteira no arrasta-pé O sanfoneiro em cima da mesa Baile de barraca é a tradição De tudo isso eu tenho saudade Até da poeira subindo do chão
Meu Deus que saudade, o tempo inteiro Meu Deus que saudade, dos companheiros Meu Deus que saudade, daquela serra Meu Deus que saudade, da minha terra
Ah se eu pudesse voltar no tempo Pra começar tudo isto de novo As brincadeiras no terreirão Dói meu coração de saudade do povo Lá na paineira o carro de boi O tempo se foi e não volta mais Aqui distante choro de desgosto Lágrimas no rosto saudade dos pais A velha carroça na cerca encostada E o velho enxada que enferrujou Aquele balanço feito de cipó Na beira do rio com o tempo quebrou
Meu Deus que saudade, o tempo inteiro Meu Deus que saudade, dos companheiros Meu Deus que saudade, daquela serra Meu Deus que saudade, da minha terra
Só vai aumentando a dor do meu peito Só eu sei o quanto que já chorei Tendo que viver longe do meu sertão Dos meus pais e irmãos que para trás deixei
Meu Deus que saudade, o tempo inteiro Meu Deus que saudade, dos companheiros Meu Deus que saudade, daquela serra Meu Deus que saudade, da minha terra
Compositor: Jose Eloi da Silva (Zezety) ECAD: Obra #256880 Fonograma #935767