E foi bem assim que o tempo lhe viu A seguir os seus dias Às vezes com alma de sanga Em outros com ela vazia E viu que um homem calado Entregue ao seu próprio destino
Recente sua alma de sanga chorar Por seus sonhos de rio Também foi assim que o campo cruzou Seu olhar estendido Mirando um sonho adiante Com olhos de sonhos perdidos
Olhando pra dentro de si E querendo ser rio mais a frente Chorar como nunca se viu Porque se perdeu da vertente
O homem e mais nada foi visto Nem sanga, nem sonhos de rio Apenas mais um entre tantos perdidos Em seu próprio vazio
Talvez um dia seu sonho depois Entre muitas andanças Encontrem lugar para ficar Pro tempo de nova esperança E a alma de sanga que leva com sonhando De ser rio novamente Chore por algo perdido Escute alegria presente
O tempo não vai mais viver Seguindo esses dias a esmo Com jeito de quem se procura Sem nunca encontrar a si mesmo O campo não vai mais cruzar dois olhos De alguém em estilo O pouco a sanga chorando Por nunca chegar a ser rio
O homem com brilho nos olhos Verá quem passar nem de perto Com o peito repleto de sonhos E sonhos singrando liberto
Compositores: Ezequiel Bibiano da Rosa (Ezequiel da Rosa), Jader dos Santos Duarte (Jader Duarte) ECAD: Obra #13597745 Fonograma #17351884