Jader Duarte
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Alma de Sanga, Sonho de Rio

Jader Duarte


E foi bem assim que o tempo lhe viu
A seguir os seus dias
Às vezes com alma de sanga
Em outros com ela vazia
E viu que um homem calado
Entregue ao seu próprio destino

Recente sua alma de sanga chorar
Por seus sonhos de rio
Também foi assim que o campo cruzou
Seu olhar estendido
Mirando um sonho adiante
Com olhos de sonhos perdidos

Olhando pra dentro de si
E querendo ser rio mais a frente
Chorar como nunca se viu
Porque se perdeu da vertente

O homem e mais nada foi visto
Nem sanga, nem sonhos de rio
Apenas mais um entre tantos perdidos
Em seu próprio vazio

Talvez um dia seu sonho depois
Entre muitas andanças
Encontrem lugar para ficar
Pro tempo de nova esperança
E a alma de sanga que leva com sonhando
De ser rio novamente
Chore por algo perdido
Escute alegria presente

O tempo não vai mais viver
Seguindo esses dias a esmo
Com jeito de quem se procura
Sem nunca encontrar a si mesmo
O campo não vai mais cruzar dois olhos
De alguém em estilo
O pouco a sanga chorando
Por nunca chegar a ser rio

O homem com brilho nos olhos
Verá quem passar nem de perto
Com o peito repleto de sonhos
E sonhos singrando liberto

Compositores: Ezequiel Bibiano da Rosa (Ezequiel da Rosa), Jader dos Santos Duarte (Jader Duarte)
ECAD: Obra #13597745 Fonograma #17351884

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