Busquei pra sinuelo um sonho carancho que rondou meu rancho pelas invernias e as tardes vazias trocaram de rumo num mate lobuno na sala vazia
Eu vejo e pressinto teus olhos luzeiros um par de candeeiros no breu da saudade e louca ansiedade de tĂȘ-la comigo meu sonho de abrigo na flor da idade
Meu rancho tapera com sede de vida curando as feridas das longas esperas retinas que buscam ao longo da estrada a tua chegada, minha primavera
Quem sabe algum dia te veja chegando num flete escarceando, na tarde que parte remonto meu mate pra cantar milongas e o mate se alonga no calor do catre
Se acaso o destino nĂŁo me der esta sorte buscarei o meu norte na razĂŁo da estrada nĂŁo quero morada, nem vĂĄrzea pra lida serei sĂł partida pro mundo e mais nada.