O rio de Piracicaba está cheio Com as lágrimas de todos os seresteiros Só porque todos os sertanejos choram De saudade dos nossos companheiros
Parafuso nosso grande repentista Deus levou para a última morada Até hoje quem cantar versos trovados Não esquece de cantar suas toadas
Este é o primeiro verso Que é na carreira do "A" Vou saudar Piracicaba E todo o povo em gera Quem canta é o Parafusinho Que roda que nem moinho Sem saí do som do pinho Sem tirá o pé do lugá Oi dandá, oi dandá
Piraci também foi junto de Deus Mas deixou os seus versos por lembranças Até hoje ele escuta o Rio de Lágrimas Lá no céu no lugar que ele descansa
O rio de Piracicaba Vai jogar água pra fora
Nossa noiva da colina não esquece De um homem que escreveu esta canção Relembramos o Erotides de Campos Sua imagem em nossa imaginação
Cai a tarde tristonha e serena Em macio e suave langor Despertando em meu coração A saudade do primeiro amor
Nós perdemos Newton Almeida de Mello Uma voz que para sempre emudeceu Um poeta que faz versos para os anjos Uma alma que hoje canta para Deus
Esta saudade que punge e mata Que sorte ingrata longe de ti Piracicaba que eu adoro tanto Cheia de flores, cheia de encanto
O rio de Piracicaba Oi dandá, oi dandá
Compositores: Sebastiao Ferraz (Zelinho), Joao Salvador, Otavio de Andrade (Jau) ECAD: Obra #9372