De Barretos pra Goiás Fomos em dezoito peão Pra buscar uma boiada Na região de Catalão Também foi a paulistinha Montada no alazão Nos lugares que passava Chamava logo a atenção Por ser boa cavaleira Bonitinha de feição, ai, ai
Com a moça em companhia Pela estrada conversando Cada dia que passava Dela eu mais ia gostando Até mesmo em casamento Eu já estava pensando Sem saber que pelas matas Os índios vinham sondando O momento de atacar Já estavam esperando, ai, ai
Nas matas de São Patrício As flechas pegou chover Atrás de um pé de peroba Procurei nos proteger Foi só bala que tinia Fizemos os índios correr O destino foi ingrato Nunca mais vou esquecer Com uma flechada nas costas Vi a coitada morrer, ai, ai
Nunca mais deixei Barretos Outra viagem não fiz Aquele golpe tão rude Deixou duas cicatriz Uma foi de uma flechada Que escapei por um triz Outra está dentro do peito Por isso eu não sou feliz Por perder a paulistinha Essa flor que eu tanto quis, ai, ai
Compositores: Jose Costa Arruda Filho (Joao Goiano), Antonio Boaventura de Oliveira (Torrinha) ECAD: Obra #3413100