O amor anda escasso de ternura A saúde pior não há de estar Sua mesa tá rica de fartura A manchete do dia diz que está Dois presuntos pintaram em Cascadura Desovaram mais doze no Tanguá Quatro doces na face da candura Oito balas na boca na babá Escorria melado a tanajura Pela baba da moça do Tauá Eh, malandro, sai prá lá Quem falou que a coisa é pura Não sabia o que falar Cuidado que a cana é dura E a sujeira vai pintar Inventaram a borracha da cultura E apagaram a memória nacional Deram um rabo-de-arraia na estrutura Dança rock no pais do carnaval Olha só o que deu dessa mistura As mulheres de terno de tergal Os meninos na de corte e costura As meninas jogando futebol Ontem foi a explosão dessa loucura Um rapaz deu a luz no Vidigal Eh, malandro, sai prá lá Quem falou que a coisa é pura Não sabia o que falar Cuidado que a cana é dura E a sujeira vai pintar Extraíram a antiga dentadura É a mais nova noticia do jornal Que comia voraz a rapadura E meu povo assistia da geral
Compositores: Joao Baptista Nogueira Junior (Joao Nogueira), Paulo Cesar de Oliveira Feital (Paulo Cesar Feital) ECAD: Obra #45456 Fonograma #485291