Joca Martins
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Baldas de Potro Cuiudo

Joca Martins


O bagual mouro resolveu me "exprimentĂĄ"
Em seguida de montar quando campeava um estribo
Mas que eu me lembre o homem comanda o cavalo
E o resto Ă© pura bobagem criada pra vender livro

Bagual tranqĂŒilo nunca tinha corcoveado
De rédea andava costeado jå no ponto de enfrenar
Deve ter sido por causa do vento norte
Se arrastou batendo forte com ganas de me sacar

E as nazarenas que eu nĂŁo carrego de enfeite
Resolveram provar os dentes tenteando a força na perna
O que se passa na cabeça de um matungo
Que agarra nojo do mundo e do tento que lhe governa

Pegou na volta com cacoetes de aporreado
Mas jĂĄ me encontro estrivado e ainda por cima de lua
Me fui na boca caiu sentado na cola
JĂĄ que freqĂŒenta minha escola da velha doma charrua

Levei os ferro e lhe enredei num quero-quero
Cavalo que eu considero respeita o Ă­ndio campeiro
Deu mais uns talhos e viu que se topou mal
Seguiu mascando o bocal num trote bueno e ordeiro

Fiquei pensando coŽas rédeas por entre os dedos
Nos mistérios e segredos deste ofício macanudo
Se um flete manso "devalde" "se queda" brabo
Deve ser obra do diabo ou baldas de potro cuiudo

Compositores: Anomar Danubio Machado Vieira, Fabricio de Oliveira Pereira (Fabricio Harden)
ECAD: Obra #2319038 Fonograma #1176897

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