Campesino Eu nunca afrouxei a perna pra potro que corcoveia Me criei montando em pĂȘlo surrando sĂł nas "oreia" E quando o matungo roda, Ă© que a coisa fica feia Sou ligeirito no mĂĄs, sou destes que nĂŁo se enleia Num aparte de mangueira, tanto a pĂ© como a cavalo Na saĂda de algum brete sempre botei meu pealo E quando a prosa Ă© demais, eu ouço muito e me calo Me deito em altas Ă noite, me acordo ao cantar do galo. Quando faço um alambrado que espicho bem o arame Se escapa o esticador o tombo Ă© que mais infame Se danço mal o fandango nĂŁo importo que reclame Em namoro de cozinha eu sĂł me paro no baldrame. Se me meto na carpeta pra jogar, nĂŁo jogo pouco Se for preciso atĂ© brigo mas nĂŁo entrego os meus trocos O jogo Ă© coisa do diabo e eu sou burro quando empaca JĂĄ levantei de uma mesa com dez cartas na guaiaca. Meu serviço Ă© coisa bruta que nĂŁo serve pra doutor Nem pra estes de cola fina metido a conquistador Vivo lavrando a boi, pisando no meu suor. Levantando alguma vaca num fundo de um corredor. Fui criado meio xucro, um pobre peĂŁo de estĂąncia Venho curtido de estrada de tanto encurtar distancia Respeitando a minha estampa no amor pela querencia Sou feito de pau a pique com o Rio Grande na consciĂȘncia.
Compositores: Jose Claudio Leite Machado (Ze Claudio), Jose Teodoro dos Santos Junior (Junior) ECAD: Obra #29277 Fonograma #670136
Ouça estaçÔes relacionadas a Joca Martins no Vagalume.FM