Da alma branca dos que tem saudade brotam luzeiros pra clarear o dia E na madrugada junto a um fogo grande repontam a querĂȘncia que estava vazia E se repetem por saberem o rumo que a vida toma por andar vadia
Nem mesmo o tempo por ter contratempos reconhece o sonho entre os temporais Que a alma inventa cada vez que a gente se perde de um jeito de nĂŁo se achar mais E se desespera por saber que a espera pode ser pequena ou nĂŁo findar jamais
(Cada vez que a alma por nĂŁo ter morada acha novo ninho pra pousar as asas Uma outra alma oferece abrigo que a gente Ă s vezes o transforma em casa E quando entĂŁo uma saudade fica junto a um fogo grande pra soprar as brasas E quando entĂŁo uma saudade fica junto a um fogo grande pra soprar as brasas)
E a gente chora de chover por dentro por mais que essa dor nos siga as pegadas Nem mesmo que a chuva com suas nuvens negras apague seus rastros que marcaram a estrada DaĂ entĂŁo meu rumo possa ter destino de vencer distĂąncias e topar paradas
E da alma branca dos que tem saudade o que a gente entĂŁo pode perceber Que a luz dos olhos pode ser o brilho que vamos tentando em vĂŁo esconder Pois quem tem os olhos de olhar por dentro reconhece a alma por saber querer
Compositores: Erlon Pericles Borges Pires (Erlon Pericles), Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira) ECAD: Obra #200116 Fonograma #13417029