Joca Martins
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Potro Sem Dono

Joca Martins


A sede de liberdade rebenta a soga do potro
Que parte em busca do pago e num galope dispara
Rasgando a coxilha ao meio
Mordendo o vento na cara.....

Bebe o horizonte nos olhos, empurra a terra pra trĂĄs.
JĂĄ vai bem longe a figura, mostra o caminho tenaz.
A humanidade sofrida,
Que luta em busca da paz.

Vai potro sem dono, vai livre como eu.


Se a morte lhe faz negaça,
Joga a vida com a sorte.
Despresando a prĂłpia morte,
NĂŁo se prende a preconceito.
Nem mata a sede com farsa,
Leva o destino no peito.

Na seiva da madrugada,
Vai florescendo a canção.
Aquece o fogo de chĂŁo,
Enxuga meu pranto de ausĂȘncia,
Nesta guitarra campeira,
Velho clarim da querĂȘncia.

Compositor: Paulo Cabral Portela Fagundes (Paulo Portela Fagundes)
ECAD: Obra #588575 Fonograma #589677

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