Nem bem clareia já me encontro chimarreando Ao pé do fogo que aquenta as madrugadas Daqui um poquito o sol desponta no horizonte "Tó" desde ontonte co'as "ideia engarrafada"
Pra o parapeito do galpão arrasto as "garra" Bucal na mão vou "tiflando" prá mangueira Meu sestrosa me cuidando a matungada Vem da invernada e fica "flor de caborteira"
Mas que me importa pois me levantei aluado Cano virado das minhas botas garroneiras Toda segunda tem bagual de lombo inchado Advinhando que passei de "borracheira"
Junto as "argola" do cinchão no osso do peito "precuro" um jeito, busco a volta e me enforquilho Depois que munto e atiro o "caixão" prá trás Só Deus com um gancho, prá me "saca" do lombilho
Me dá vontade de "prende" o buçal na cara Deste picaço que esqueceu como se forma Mas eu garanto que embaixo dos meus "arreio" Conhece o freio e aprende a "respeita as norma"
Pego-lhe o grito, "tacho os ferro" na paleta De boca aberta o queixo-roxo vende garra Lida baguala que em muitos mete medo Meu xucro ofício que por vício eu fiz de farra.
Compositores: Zulmar Benites de Oliveira (Zulmar Benitez), Anomar Danubio Machado Vieira ECAD: Obra #166430 Fonograma #30753291