Não tem tempo pra farra, há muito tempo não aperto A mão de ninguém, só o cabo da cimitarra Não confio em ninguém, escondo uma faca Vejo muito gente, quase ninguém se destaca
Nessa terra vazia, a gente tenta, ataca E no fim vai que nem areia quando o vento assobia No deserto de idéias, poucos são eficazes Inspiração e paz são raros como Oasis
Me mostro capaz, afiado como lança Numa terra sem paz onde jaz a esperança
Nem tudo que eu vejo, é tudo que eu acredito Sem opção, respiro fundo, medito
Por obrigação, aprendi a conviver com a solidão No momento eu só busco minha missão Batalhas já venci, por testes já passei Eu sei da onde vim, só não sei pra onde irei
A dúida aumenta, a temperatura segue a regra A noite menos vinte e de dia mais cinqüenta Querendo viver, mas só sobrevivendo Toda dificuldade possível você enfrenta
Apaixonados vencem, a mente é uma bereta Se fosse fã de areia colecionava ampulheta Escrevendo com paixão, baixei a mira Eu não miro mais no ouvido, meu alvo é o coração
(refrão) Solitário persistente Guerreiro desde sempre Eu vou lutar pra ser feliz Descansar e trilhar a estrada do aprendiz
Solitário persistente Guerreiro desde sempre Correndo pra descansar, pra vencer O deserto não sorri pra você
Correndo pra descansar, pra vencer O deserto não sorri pra você
Desprovido de alianças, acompanhado de fantasmas De guerreiros, assombrado por lembranças Só tenho as marcas dos dias que eu lutei Passei por muita coisa e muito pouco ainda sei
Minha melhor relação hoje em dia é com a minha espada Não tenho nada, Não tenho nada! O meu maior tesouro é meu álbum de cicatrizes Que me lembra dos dias em que nos éramos felizes
Minha alma calejada tira força pra batalha Pra seguir nesta estrada se agarrando nas raízes Vagando solitária por muito, muito tempo Se firmou suficiente de uma pá de sentimentos
Aprendizado rígido evitando sonhos céticos Acontecimentos trágicos construindo épicos Espíritos aqui me dão de conselhos Evolui , já que aqui não tem espelhos
Sem filtro na visão, é o que a difere da sua Vejo a verdade cruel, na sua forma crua Coragem de um puma, olhos de lince no horizonte Vejo o inimigo que se esconde na sombra das dunas
E em suma, torce pra que eu suma do caminho Pra da vez pro Zé povinho que não sabe pra onde ruma Arruma pra cabeça, se afastou da alcatéia E eu vago solitário nesse Deserto de Idéias.
(refrão) Solitário persistente Guerreiro desde sempre Eu vou lutar pra ser feliz Descansar e trilhar a estrada do aprendiz
Solitário persistente Guerreiro desde sempre Correndo pra descansar, pra vencer O deserto não sorri pra você