Plantado aqui nestas parajens, se fez serrano por estes caminhos Homem rude forjado nas lajens, no braseiro do nó de pinho Fez guarida no alto da serra, com seu sangue escreveu o pergaminho Um quero-quero filho de tropeiros, nestes campos onde fez seu ninho
Com suas botas pra cima do joelho, marcaram seu rastro na história A bravura do homem lageano canabarro cobriu de glórias Sou serrano sou boi-de-botas barbicacho vermelho de fita Sou do planalto muleteiro biriva e arrasto as esporas na invernada do "anita"
De serrano pra serrano Um regalo campeiro pra que ronquem bugios nestes pagos balançando a copa dos pinheiros Este ronco crioulo e serrano, nas madrugadas campeiras Atorando várzea e coxilha, manancial da vertente altaneira
De serrano pra serrano Esses versos campeiros pra que ronquem bugios nestes pagos balançando a copa dos pinheiros Este ronco crioulo e serrano, nas madrugadas campeiras Atorando várzea e coxilha, manancial da vertente altaneira
Me alcance um pala serrano, tô chegando em São Joaquim Tecido com muito capricho pela patroa do Tio Benjamim Não tem frio que "gele" a alma de quem dança o graxaim Que eu sou serrano seu moço e isso já basta pra mim
De serrano pra serrano, eu vou tirando o chapéu Pra esse povo hospitaleiro eu peço as bênçãos do céu Pra que ronque no alto da serra um bugio velho campeiro Sou serrano e não nego o cartucho na defesa do sul brasileiro!
Compositor: Jones Andrei Campos Vieira (Jones Andrei Vieira) ECAD: Obra #4674877 Fonograma #1827698