Que coisa braba meu amigo, meu irmão Quando te bate a urucubaca desgraçada ninguém te paga e a situação tá danada E o índio anda de lado sem ter um pila pra nada
Vou cobrar uns pila que se arrastam já faz tempo Mas o vivente diz que vai de mal a pior E que talvez lá pra semana que vem Um dinheiro pra ele vem e a coisa fica melhor Mas eu espero e a semana nunca chega E as minhas contas já estão vencendo também Ligo pra ele mas tá na caixa postal Mas que coisa bem bagual esse dinheiro nunca vem
Olho pro lado e falo pra minha patroa Quanto eu tenho que pagar lá no mercado Ela me diz que já nemlembra direito Pra me deixar satisfeito e um pouco mais conformado Cheio de raiva vou cobrar aquele safado No telefone gasto mais uma ligação E o individuo cada vez me enrola mais E como é que um vivente faz Pra pagar sua prestação
Meu Deus do céu aonde vamos parar ninguém me paga so eu tenho que pagar Já não consigo receber o meu dinheiro Como faço meu parceiro pra minhas contas acerta Diz o ditado que um gaúcho não se entrega Essa é a regra que nós temos que seguir Vamos peleando só com o toco da adaga Um paga e outro não paga e a vida tem que seguir.
Mas ... que coisa braba meu amigo, meu irmão....
Compositor: Jorge de Jesus Oliveira Bomfim (Jorge Bomfim) ECAD: Obra #7125587 Fonograma #5829956