Chovia muito numa noite de escuridão Eu viajava na boléia do meu caminhão Quando a saudade invadia Em meu peito doía A dor da solidão Quando a saudade invadia Em meu peito doía A dor da solidão
Passava da meia-noite e a chuva não parava Quando no rádio uma voz anunciava: “Atenção senhores motoristas Chove muito nas estradas As pistas estão escorregadias E há muita neblina na serra Não trafegue pelo acostamento Que há deslizamento de terra Vá com Deus no coração e São Cristóvão na guia Em cada curva da estrada Lembre-se da sua família.”
Foi aí que eu vi em minha frente Uma mão acenando me pedindo pra parar Mais na frente caminhava uma boiada Brequei o caminhão Com este alguém eu fui falar “De onde você veio, pra onde você vai?” Uma voz me responde: “Já fui caminhoneiro e boiadeiro neste lugar Hoje moro no além, só vive em paz quem faz o bem. Olhe em tua frente que a ponte a água levou. Foi o Mestre quem mandou, eu vim te avisar.”
Caminhoneiro amigo Herói das estradas Segura a direção Que o progresso da nação É a tua chegada. (repete).