Venho do fundo das grotas Do meu rincão Guarany Trago em meu sangue tupi A força dos ancestrais Os que tornaram reais Nossos sonhos campesinos Dando contorno aos destinos E acalentando ideais
Da pura cepa crioula trago o perfil e o entono De a cavalo na verdade sou qual um rei em seu trono Esta estampa platina A minha origem não nega Retrata antigas refregas Dos meus ancestrais hispanos Mas hoje quero paisanos Esquecer velhos embates E sorver dos mesmos mates Com os meus caros Hermanos
Da pura cepa crioula vem a minha identidade Pois madruguei com o toque dos clarins da liberdade Quanto a mim sou descendente Do português açoriano Que num cenário orelhano A sua marca imprimiu Braceando nos mesmos rios Bebendo das mesmas fontes Vou desbravando horizontes E enfrentando desafios
Da pura cepa crioula conservo a fibra e a essência Sou taura e só cabresteio aos ditames da consciência Índios, lusos, espanhóis Gringos, negros ou mestiços Que importa a raiz é o viço Que vai comprovar a raça Quanto mais o tempo passa Mais nos fazemos costado Um ao outro lado a lado Na pampa que nos abraça
Compositores: Jose Ataides Sarturi (Nenito Sarturi), Miguel Tadeu Dornelles Marques (Miguel Marques) ECAD: Obra #187851 Fonograma #11046569