O potrilho nasce xucro Quando o bagual se arrocina Se apara a cola e a crina Tira a cosca da virilha Pega o xergão e a presilha Pela cara do pavena Risca de espora o ventena Pra ficar bueno de encilha
Pra montar não mostre medo Depois de agarrar não solta E sempre campeie a volta Tendo em alerta o sentido Cavalo é bicho atrevido Que se puder te derruba Junta na espora e te gruda Isto é lindo e divertido
Desde o primeiro galope Tem que ser embaixo do laço Fazer carinho a mangaço No lançante e no repecho Dando pau em qualquer trecho Pra um bagual não se faz média Golpeie as canas da rédea Pra quebra o urco do queixo
Depois que estiver domado Tire o bocal bote o freio Treine o pingo pra rodeio Lace boi turuno e vaca Ensine tua parte fraca Teu jeito e tua mania Que se preciso algum dia De até pra pelear de faca
Que fique trocando orelha Quando o dono esta por perto Seja uma fera no aberto E manso na recoluta Esteja pronto pra um upa Se surgir algum cambicho Num romance de bolicho Ele carregue na garupa
Que conheça toque de gaita Fareje baile de rancho E que relinche muy ancho Com senhor da coxilha Seja o pastor da tropilha Mas saiba o dono que tem E nunca empreste a ninguém Um flete de sua encilha
Compositor: Jorge Procopio Ferreira Guedes (Guga) ECAD: Obra #6445267