Dá-me Lume Chegaste com três vinténs E o ar de quem não tem Muito mais a perder O vinho não era bom A banda não tinha tom Mas tu fizeste a noite apetecer Mandaste a minha solidão embora Iluminaste o pavilhão da aurora Com o teu passo inseguro E o paraíso no teu olhar
Eu fiquei louco por ti Logo rejuvenesci Não podia falhar Dispondo a meu favor Da eloquência do amor Ali mesmo à mão de semear Mostrei-te a origem do bem e o reverso Provei-te que o que conta no universo É esse passo inseguro E o paraíso no teu olhar
Dá-me lume, dá-me lume Deixa o teu fogo envolver-me Até a música acabar Dá-me lume, não deixes o frio entrar Faz os teus braços fechar-me as asas Há tanto tempo a acenar
Eu tinha o espírito aberto Às vezes andei perto Da essência do amor Porém no meio dos colchões No meio dos trambolhões A situação era cada vez pior Tu despertaste em mim um ser mais leve E eu sei que essencialmente isso se deve A esse passo inseguro E ao paraíso no teu olhar
Dá-me lume, dá-me lume Deixa o teu fogo envolver-me Até a música acabar Dá-me lume, não deixes o frio entrar Faz os teus braços fechar-me as asas Há tanto tempo a acenar
Se eu fosse compositor Compunha em teu louvor Um hino triunfal Se eu fosse crítico de arte Havia de declarar-te Obra-prima à escala mundial Mas eu não passo dum homem vulgar Que tem a sorte de saborear Esse teu passo inseguro E o paraíso no teu olhar Esse teu passo inseguro E o paraíso no teu olhar
Compositor: Jorge Manuel Abreu Palma (Jorge Palma) ECAD: Obra #14100038 Fonograma #13018955