Sete (está-se tudo a passar) São sete da tarde e está-se tudo a passar Uns andam para a frente, outros querem virar Outros ainda sonham com paragens distantes Mas logo alguém ameaça com passos galopantes
São sete da tarde e passa tudo a correr Alguém vai para casa tratar mal a mulher Ele acha natural, ela esconde as suas rugas Aquele ali vai p'rós copos tratar das suas fugas
Rei, infante, dama tão delirante Que até os seus próprios sonhos desfaz Valete condescendente, nem se digna a fazer frente À magnitude do ás
O sete de paus nunca encontrou o seu canto O sete d'ouros carrega cada vez mais encanto O sete das espadas já ganhou outra cor E o sete que era de copas... perdeu o seu amor
madrugada a dentro está-se tudo a passar um homem discursa, sete estão a aturar há quem evite as pedras que o destino arremessa e o homem tem uma ideia... morrer durante a peça
rei, infante, dama tão delirante que até os seus próprios sonhos desfaz valete condescendente, não se digna a fazer frente à magnitude do ás à magnitude do ás.