Vem da invernada dos tempos rasgando olheiras de sol As patas cortam os ventos, no sangue um velho arrebol Assim chegou no Rio Grande para o gaúcho saudá-lo Desde então, por onde ande, Hornero é o rei dos cavalos
Imprime à estirpe essa imagem, sua função sem igual Morfologia e coragem numa fusão ideal Surgem campeões para o freio em dinastias de irmãos Arunco, nobre, faceiro, olvido, inteiro e brasão Tantos mais nesse entreveiro e outros que ainda serão
(E, assim, La Invernada Hornero morreu, ficando em seu clã Segue a correr nos potreiros das gerações do amanhã Deixem que a lua entordilhe lá nas lonjuras do azul Ficou um pouco do Chile nessas manadas do sul)
O pago inteiro padece, faz-se um silêncio de galos Qualquer gaúcho entristece quando se vai seu cavalo Meu coração bateu asas pra se esconder na poesia E um João-Barreiro fez casa numa cocheira vazia
Quando um BT se aproxima, com sua marca no couro Eu vejo Hornero por cima da sua prole de ouro
Compositores: Mauro Sergio Montenegro Moraes (Mauro Moraes), Rodrigo Nolibos Bauer (Rodrigo Bauer) ECAD: Obra #221286 Fonograma #54459055