Aperte a trava

Me deixe com um pouco de dignidade

Eu não sou

O que eu era

E eu não prefciso de simpatia

Vivo dentro de mim

Ninguém pode me ouvir

Cérebro morto

Eu não sou nada

Cérebro morto

Condenado

Esquecido

Paralisado

Na minha concha

Endurecendo sempre

Dia eterno

Imobilizado

Nas minhas costas

Acusado de tudo

Eles dizem

Me desembaraçam

Me eliminam

Cérebro morto

Eu não sou nada

Cérebro morto

Gotejando

Esquecido

Eu não posso piscar meu olho ou chorar

Ou mesmo falar

Todos vem em volta da minha cama

Dizendo palavras

Pensando que eu não escuto ou sei

Oque está acontecendo- oi!

Seus idiotas não podem ouvir meu choro

Por dentro ainda estou vivo

É minha decisão abortar

Me tire é máximo que a vida pode suportar

Me deixe passar

Desse mundo

Então eu desapareço em paz

Compreendendo

Soltando

Cérebro morto

Eu não sou nada

Cérebro morto

Condenado

Esquecido

Cérebro morto

Eu não sou nada

Cérebro morto

Gotejando

Esquecido