Bugio velho bandeou-se da serra Campeando outras terras, meio abichornado Queixo-duro, que ninguém amarra Ensacou a guitarra e partiu, bem largado Na campanha, o bugio é famoso por ser preguiçoso Lambão e gaudério Mas cantando, cravou sua estampa Recortando a pampa, foi levado a sério
Bugio velho é um índio bem grosso Com cara de moço e carcaça sovada Ajoujado no braço do pinho Ele ronca baixinho e vibra a macacada Ajoujado no braço do pinho Ele ronca baixinho e vibra a macacada
Bugio velho se apega em cambicho Parece até bicho, campeando retosso Não se importa se a china é casada Solteira ou largada, não solta do osso Atrevido, bombeia o chinedo Chuleando sem medo e tirando o sossêgo Já varou alguma sanga funda Evitando uma tunda de esfolar pelêgo
Bugio velho é um índio bem grosso Com cara de moço e carcaça sovada Ajoujado no braço do pinho Ele ronca baixinho e vibra a macacada Ajoujado no braço do pinho Ele ronca baixinho e vibra a macacada
Bugio velho é matreiro e medonho Roliço e risonho, e não liga pra luxo Meio louco, briguento e tinhoso É cuera teimoso e aguenta o repuxo Numa bóia, o bugio não se acanha e Num trago de canha, o bugio se destampa Onde chega, se adona do rancho Lambaio e carancho, se gruda e se acampa
Bugio velho é um índio bem grosso Com cara de moço e carcaça sovada Ajoujado no braço do pinho Ele ronca baixinho e vibra a macacada Ajoujado no braço do pinho Ele ronca baixinho e vibra a macacada