Tão precipitado foi o susto Que me calei, Mesmo após diversas presunções... E foi pelo meu grito mudo que chorei, Por ter permanecido calada por varias gerações.
Corroída por um sopro agudo Que ardia as entranhas Vaguei sem fala mais totalmente livre Dentro do limite das quatro paredes Daquilo que um dia alguém chamou liberdade.
Tão encoleirado foi o surto Que as quatro paredes.... Dessa minha liberdade quase Me mastigaram viva... E foi quando eu ouvi um voz dizendo Você precisa Você precisa Você precisa
Eu sabia que eu precisava falar Eu sabia que eu precisava gritar Eu sabia Eu sabia Eu sabia
Não eu não sabia nada Mais talvez esse nada fosse O tudo... Que me restava
Então da janela Dessa minha suposta liberdade Com muito esforço Gritei pra todo mundo... Naquele momento sem pensar em nenhum tipo De vaidade Uma única pergunta Que imediatamente colou Todas as respostas.... Talvez a única Que pudesse por a prova Toda sanidade enlatada vendida Desde as épocas mais remotas...........
A pergunta tão importante Nem me lembro qual era Pois logo que gritei Ao olhar pra baixo da janela.... Me vi Morta ..... Empoeirada....
Tão precipitado foi o susto Tão encoleirado foi meu surto
Tão encolerado foi o susto Tão precipitado foi meu surto
Tão precipitado foi o susto Tão encoleirado foi meu surto
Que nunca mais disse nenhuma... ................................palavra...