Viola que eu trago agarrada bem junto ao meu peito Só você sabe o jeito desde meu coração Magoado porque meu amor me deixou foi se embora Faça dueto comigo.. chora minha viola..
Ai.. esse amor do diabo já fez um estrago no meu coração.. Ai.. só judia de mim porque me faz assim tanta ingratidão Sapateio ponteio a viola que ainda consola Este meu coração.. Ela sabe contar o meu tédio ela é o remédio Pra minha solidão
O carro de boi lá vai gemendo lá num estradão Suas grandes rodas fazendo profundas marcas no chão Vai levantando poeira, poeira vermelha, poeira Poeira do sertão
Olha seu moço a boiada, em busca dum ribeirão Vai mugindo e vai ruminando, cabeças em confusão Vai levantando poeira, poeira vermelha, poeira Poeira do meu sertão
Olha só o boiadeiro montado em seu alazão Conduzindo toda a boiada com seu berrante na mão Seu rosto é só poeira, poeira vermelha, poeira Poeira do meu sertão
Barulho de trovoada coriscos em profusão A chuva caindo em cascata na terra fofa do chão Virando em lama poeira, poeira vermelha, poeira Poeira do meu sertão
Poeira entra em meus olhos, não fico zangado não Pois sei que quando eu morrer meu corpo vai para o chão Se transformar em poeira, poeira vermelha, poeira Poeira do meu sertão, poeira do meu sertão, poeira Poeira do meu sertão