Já autentiquei minha carta esbanjando minha mente farta Pelas ruas do rio preso num mundo vazio Na loucura constante baseada em um sonho eterno A vida é minha amante E eu to entre o céu é o inferno
Consciente e eficiente lógica em processo absorvo ideologia de poemas e versos Evolução permanente de um grande progresso Ciências e religião buscando sempre o sucesso
Pensamentos adversos que parece um absurdo Mente de um compositor viro cobaia pra estudo No suporte tem minha rima repleta de conteúdo Vagabundo passa mal Num sonho que virou realidade Uma história real na ilusão de uma miragem Respeita minha quadrilha efeito colateral Seguindo na lei da poesia que é o essencial
(lotto)
Somos vidas expressas aguardando o juízo final
Paz eterna ou viver uma vida cruel?
Sina doce como o mel ou amarga igual féu?
Entre o céu e o inferno habitam réus
Quero o lado certo, que sente, entende demente? A vida é louca então viva loucamente, sente O que a rua tem pra te mostrar Vai correr ou vai ficar? Vai sorrir ou vai chorar?
Enquanto no coração do homem mal só tem veneno Quando recebo críticas sinto raiva de mim mesmo Pro defeito arrumo um jeito Subir no meu conceito Concertou o calçadão mas só que esqueceu do gueto
O crime (igual o rap) Diz no corre dos muleques Já vi cana e bandido, corre corre, click clack Diz que preto é bandido, acho isso sacanagem já vi branco de pistola matando sem ter piedade
Canta o fuzil do bandido, cheio de sangue no olho com o coração maldito, maldição Discretamente crio minha conduta Deus, verás que um filho teu não foge a luta... nunca
(kap)
Vidas descartáveis aguardando o juízo final
Paz eterna ou viver uma vida cruel?
Sina doce como o mel ou amarga igual o féu?
Entre o céu e o inferno habitam réus
Nova semana, velha rotina Só quero paz pra minha sina Procuro meu nirvana que tá escondido entre álcool, dinheiro e vaginas
Quando a inspiração me toca Sai de mim virtude em linhas Não questione minhas atitudes porque a responsa é minha Sou pesadelo de cuzão que pensa que é meu parelho Então pense duas vezes antes de falar kap três vezes pro espelho
E eu trago versos que são pseudônimos Andando entre o céu e o inferno (entre anjos e demônios)
Evitei a fila do óbvio Evitei guardar rancor só pra evitar o odio O que nos liberta nos prende isso pra mim não é lógico Me crucifique por libertar almas presas Reprisa o mesmo episódio
Julgue-me pelo meu interior não me julgue pela capa O inferno é a terra e só quem faz por onde se salva Eu não sou de guerra, mas luto pela paz se ligou chapa? Gandhi, mandela, luther king, um brinde e uma salva de tiros
(xand) Somos vidas expressas aguardando o juízo final Paz eterna ou viver uma vida cruel? Sina doce como o mel ou amarga igual féu? Entre o céu e o inferno habitam réus
Almas jogadas fora Entre lixo, descaso, desordem onde lavagem dinheiro rola em cima daqueles que morrem
Vendo meninos com droga, sozinho em ruas perigosas Vidas sendo descartadas Infâncias sendo mortas
No corre corre da luta sem glorias Tiram da gente o que mais nos importa Guerra de trafico é sempre essa história Lagrima, choro, derrota Uma mãe que chora Lembranças ruins que vem na mente e deixe eminente o que a alma implora paz, justiça e liberdade na verdade
Não vejo igualdade Nem se quer metade dessa liberdade Pessoas no crack e marginalidade Uma guerra fria por toda cidade Invadindo a alma de sociedade
Ladrões, corruptos Destroem meu povo Não tão nem ai pros problemas dos outros Só querem o dinheiro que a gente batalha Em quanto nos levamos tapas na cara
Querem nos usar pra subir no poder Matando meu povo a troco de que Não vem com unir se depois vão correr Se não é pra fechar então vão se fuder
Sobem a favela, em becos e vielas Trazendo pro povo esperança e paz Quando nós votamos, eles viram as costas Nos deixam a lama o lixo e o caos
Ordem e progresso aqui que não tem Só é levado a sério aqueles que mais tem Se você é pobre não vale de nada Sua dignidade é lavada na bala
Não encotro luz nessa estrada da morte Só vejo lagrimas barracos e fome Só encontro sangue de gente na esquinas de trabalhador, de gestante e menina
Botaram upp dizem que é segurança Do nada "pá-pá", levaram uma criança Estamos bolados muito revoltado dias de esculacho hoje estão contados
Compositores: Andre da Silva Santos, Bruno Silva Belfort (Nobru), Guilherme Marques dos Santos, Luiz Alexandre Soares de Oliveira ECAD: Obra #19101002 Fonograma #16365411