Laylah Arruda

Espelho

Laylah Arruda


Tome nota
a curva que entorta a rota
Do mundão, é cifrão, porque não?
Eu prefiro as cifras de Hancock
Na rua tanta gente, tipo Bangkok
De Black Block
E toc-toc
Luva de pelica
Ele ficou em choque

Cai um mito, minto
Idiota inútil, novo rico
Novo faminto
Ganhar no grito?
Zum zum zum zum
zum zum zum
Zumbi sim, é mito
Zeferina a mitra fêmea a preta
Big Up pras pretas da cena
Todas muita treta

Eu sou mais nóis
No rooftop
Com os dreadlock
Rude boy
Boomshot na cabeça
Tiro de ideias nas ideias turbulentas
Uma mistura obscena do ano de 64 aos 90
Remonto a cena
Não é cinema

Não tem
Nem chiclé Ploc
Nem Hitchcock
Nem Braddock
Drops de D. O. P. S
Foward ever nova era

Aproveita o ensejo
E pula todas as novelas
Aproveita o tempo
E aprende Tereza Benguela
Sai dessa janela
Guarda essa panela
Eu não faço parte
dessa falsa atmosfera
de fake news na guela
Matilha de feras
Black Panteras
Rompam-se as telas

Don't don't plin plin
Manda o nosso bling bling

Cara, Ah cara!
Bota a tua cara no espelho!
Vou facilitar o lado
Tá aqui o meu sapato lustrado

Compositores: Cassiano Bernardo Coppini, Layla Leonel Arruda da Silva, Tomaz de Paula Assis e Freitas (Tootz Irie), Eduardo Oliveira Marmo, Felipe Guedes Gama, Marcelo Innocente
ECAD: Obra #24751577 Fonograma #20075262

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