Diálogo passado Homem e natureza. Harmonizado Orgânico, planta, colhe, come, sustenta a fome Tem pra todo mundo Terra tem de sobra Vendo faz barulho Água que transborda Translúcida, úmida Meandrante, abundante, constante Lava corpo, alma, pele, sede, fé Profetiza, mas não adivinha o que está por vir Máquina de construir Máscara de evoluir Demolir, demolir
Morre cultura, monocultura Girando o arado Cabeça de gado Pés e mãos atados Por quem controla o preço do barril Quando viu, nem viu A lama veio e destruiu Tsunami a montante Como nunca se viu Civil, correu, fugiu, partiu
Defronte a natureza é hostil Humano Baldio, humano baldio, baldio Se a consciência é volátil Humano Baldio, humano baldio, baldio Veneno em nossa terra tão fértil Humano Baldio, humano baldio, baldio Corrompe a vida desse doce rio Humano Baldio, humano baldio, baldio
Tupinambá, Tupinikin, Guarani Krenak não bebe mais ali Samarco marco de morte Sem suporte De pindorama pra Cabral É veracruz Aracruz conduz ao deserto verde Árvore no seu quadrado Pra fazer papel retangulado Onde escrevem as leis De quem? Pra quem? Por quem?
Defronte a natureza é hostil Humano Baldio, humano baldio, baldio Se a consciência é volátil Humano Baldio, humano baldio, baldio Veneno em nossa terra tão fértil Humano Baldio, humano baldio, baldio Corrompe a vida desse doce rio Humano Baldio, humano baldio, baldio
Nos enterraram na selva de pedras Nossa mão da terra, nossa mão da terra
Compositor: Layla Leonel Arruda da Silva ECAD: Obra #30865557 Fonograma #17776081