Poetas diriam que a sua beleza É maior que a beleza do mar Os sábios diriam, talvez Dessa dificuldade de nos decifrar
Os loucos diriam pra mim Que te amar tanto assim é normal Os deuses reconheceriam nosso fogo infernal Os anjos, na certa viriam Pra se purificar nessa paz
A lua e o sol brigariam Pra nos ver nos cafés matinais As bruxas se esconderiam Porque a luz dos seus lábios é linda demais
Duendes nos acenderiam incensos florais Montanhas se retirariam Sairiam da frente pra gente passar
E as folhas no chão cairiam Como fossem tapete pra gente pisar As nuvens viriam suaves Porque a brisa viria para nos refrescar
E a chuva então cairia para nos abençoar Sacis, curupiras fariam uma grande quizumba Enquanto videntes veriam duas almas em uma Ciganas se enganariam Se previssem que algo vai nos separar
Erês, pretos-velhos seriam nossos anjos-de-guarda E o carma seria bem leve Porque a prece dos santos seria por nós Meu dia se alegraria Só de ouvir a doçura dessa sua voz
Estrelas-cadentes, cometas Sairiam do céu para deixar-nos a sós E um mundo de amor caberia nos nossos lençóis
As guerras se envergonhariam, não Trariam mais medo pros filhos de Deus As armas se entortariam Virariam brinquedos, peças de museu
Os ódios se apaixonariam, os povos Fariam ciranda-de-roda O nosso amor converteria descrentes e ateus
Então nosso sonho seria qualquer coisa Bem simples de realizar Por telepatia eu diria qualquer coisa Bem antes de você pensar
Seus passos me conduziriam Meus braços seriam pra te sustentar E mesmo tremendo de medo eu te defenderia
Contigo eu envelheceria Eu apodreceria de tanto amar E a morte, então, nos levaria Pr'uma vida onde a morte não existirá
Espaço e tempo, nesse dia Nem a tecnologia ia calcular Porque nosso caso seria um desses poucos Casos que um Deus quis criar
Poetas, os sábios, os loucos, os deuses Os anjos, a lua e o soi As bruxas, duendes, montanhas As folhas, as nuvens e a chuva no chão
Sacis, curupiras, videntes, ciganas Erês, pretos-velhos e santos Estrelas-cadentes, cometas Num mundo de amor
As bruxas, duendes, montanhas As folhas, as nuvens e a chuva no chão
Sacis, curupiras, videntes, ciganas, erês Pretos-velhos e santos Estrelas-cadentes, cometas Num mundo de amor
As guerras, as annas, brinquedos, os Ódios, os povos descrentes e ateus Os sonhos por telepatia, seus passos Meus braços e o medo do adeus
Velhice, fim dos nossos dias, a morte e a Vida num outro lugar Porque nosso caso seria um desses poucos Casos que um Deus quis criar
Compositor: Leandro Fregonesi de Oliveira (L. Fregonesi) ECAD: Obra #988217 Fonograma #958096