Eu venho de longe mostrando trabalho Conheço o caminho e todos os atalhos Eu sou a raiz, os trancos e os galhos Trazendo a ternura das gotas de orvalho Tudo na vida que se manifesta Já vem com um sentido de presta ou não presta Não é que eu tenha estrela na testa Desculpe a modéstia, mas eu nunca falho.
Eu sou do catira, da viola pura Essa viola faz parte da nossa cultura.
Semente que veio do ventre do chão Na chuva miúda sem vento e trovão Viola afinada em nossa canção É a voz da verdade do velho sertão Às vezes eu choro quando estou cantando É uma saudade sempre me falando Que eu siga em frente a bandeira empunhando Que aqui esta faltando Tonico e Tião
Na casa de disco o pobre caipira Vasculha e revira e troce o nariz Alie que esta o sucesso que roda Mas menos as modas de viola raiz. E esse caboclo que tudo aceita Escuta e respeita, mas não pede bis; Mas quando ele escuta a moda caipira Dá pulo e delira, se sente feliz.
Compositores: Jose Caetano Erba (Caetano Erba), Jose Plinio Trasferetti (Paraiso) ECAD: Obra #1237904