cantado: Uma criança tendo apenas nove anos Triste chorava por ver tanta ingratidão Quando o juiz mandou a ordem em sua casa Para prender o seu papai do coração
Dos seus olhinhos tristes lágrimas caíram Seu papaizinho iria agora pra prisão Triste batia seu pobre coraçãozinho Ao separar-se do seu pai de estimação
No outro dia quando ele foi pra escola Seus amiguinhos não lhe davam atenção Ninguém brincava com o pobre coitadinho Todos diziam que era filho de um ladrão
Os seus olhinhos sempre molhados de pranto Da vida dura desta amarga traição Passava fome ao lado da sua mãezinha Que trabalhava pra poder ganhar o pão
Um certo dia pra aumentar seu sofrimento Sua mãezinha não pode mais trabalhar Caiu de cama na pobreza em que vivia Sem ter ninguém que os quisessem amparar
Porém um dia aquele pobre inocente Entrou na igreja e começou a reclamar Ajoelhou aos pés de Deus crucificado E desse jeito começou a conversar
declamado: (“ Senhor, aqui estou eu ajoelhado Me desculpe se é pecado mas eu vim pra lhe falar Olha, meu papaizinho está tão ausente E minha mãezinha está doente sem poder sem levantar
Senhor, agora eu vou me arretirando Minha mãezinha está me esperando, ao lado dela eu preciso ir Me desculpe seu entrei aqui na igrejinha Com minha roupa rasgadinha, é que eu não tinha outra nova pra vestir
Eu vim pedir para curar minha mãezinha É ela que lava minha roupinha e trabalha pra me tratar Se ela morrer eu vou viver não sei aonde Por isso quero que o Senhor me responde se vai mesmo me ajudar”)
cantado: Naquele instante tristes lágrimas caiam Pelo rostinho daquela pobre criança Quando uma voz disse pra ele: - Meu filhinho, creia em mim, eu sou a única esperança
Pode ir pra casa junto da sua mãezinha Lembra de mim e pode ficar sossegado Por que aqueles que chamam pelo meu nome Eu estarei eternamente a seu lado
(Pedro Paulo Mariano – Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Anibio Pereira de Souza (Zilo), Leonildo Sachi (Leo Canhoto) ECAD: Obra #1026468 Fonograma #687508