Leôncio e Leonel
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O Punhal da Vingança

Leôncio e Leonel


(“Tereza e José se amavam
Mas os pais dela obrigaram de José se separar
E quando os dois se apartaram pra nunca mais se casar
Num longo abraço juraram
Um punhal pra cada um guardaram com um trato feito
Se um dos dois se casasse um dia
O outro tinha o direito de chegar fosse onde fosse
E cravar o punhal no peito

José foi estudar pra padre, Tereza também mudou
Passados quatorze anos os pais a filha obrigou
A casar com um velho rico, contra o gosto ela casou
Na hora do casamento Tereza não conheceu
Que o vigário era José que os uniu perante Deus
E ao lhe dar os parabéns junto um presente lhe deu”)

Quando chegaram na porta da igreja
Emocionada o presente ela abriu
Dentro encontrou o punhal que um dia
Ela entregou ao amor que partiu

Reconheceu que o vigário era aquele
Que no passado o punhal ela deu
Quis o destino que ele viesse
Unir a outro o amor que era seu

Junto ao punhal encontrou um bilhete
Onde Tereza releu a chorar
Guarde contigo o punhal da vingança
Porque não quero de ti me vingar

Seja feliz e esqueça o passado
Peço pra Deus para atrás não olhar
Fique com o mundo que eu fico com Deus
Porque com Deus aprendi perdoar

Os convidados não compreendia
Qual o segredo da sua grande dor
Somente ela sabia que havia
Neste punhal uma jura de amor

Pegando firme o punhal da vingança
Com desespero em seu peito cravou
Enquanto o sino da igreja batia
Ali Tereza sem vida tombou

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Compositores: Jose Fortuna (Ze Fortuna), Paschoal Rocco
ECAD: Obra #6493356

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