Na Cidade de Santos vou contar o que aconteceu Na porta de um hotel de luxo um caboclo apareceu Apertou a campainha foi uma dona que atendeu Pediu quarto pra dormir, mas a dona lhe ofendeu, Voce esta com a roupa suja foi o que ela respondeu E não é qualquer mendigo que hospeda no hotel meu.
O caboclo virou e disse a senhora está enganada A minha roupa esta suja é da poeira da estrada Venho lado Paraná lá daquela terra abençoada Que produz o mantimento, lá pra nós não falta nada Com as notas de quinhentos cor de terra avermelhada Comprou seu hotel de luxo, não quero conversa fiada.
A dona perdeu o jeito com aquela informação Recolheu o viajante, mandou servir refeição Dormiu num quarto de luxo só que era num porão No outro dia seguinte ela deu explicação Pro senhor comprar este hotel quero quinhentos milhão Tem que ser negocio avista pra livrar de amolação.
O caboclo respondeu eu não volto rastro atrás Quinhentos milhão é pouco posso pagar muito mais Por dinheiro nesse mundo desfeita ninguém me faz Roupa suja a gente lava, e a sujeira se desfaz, Vou dar este hotel de luxo pra um dos meus capataz E pode descontar meu cheque no banco Minas Gerais.
Compositores: Guido de Souza (Leonel), Roque Jose de Almeida ECAD: Obra #50530 Fonograma #118320