Um boiadeiro sem alma todas as cruz que ele achava Na beira daquela estrada com desprezo ele arrancava Se encontrasse vela acesa sorrindo ele apagava Jogava o cavalo em cima com a cruz estraçaiava
Numa noite numa estrada uma cruz ele encontrou Quando ele foi arrancá, no braço da cruz pegou Era o braço de um homem que do chão se levantou E o vulto dentro da noite em sua frente ficou
O vulto falou, meu filho não faça isso jamais Você tentou arrancá a cruz do seu próprio pai Aqui foi aonde eu morri há muitos anos atrás Na parma da sua mão o meu nome gravado vai
O boiadeiro de susto caiu no chão desmaiado Quando acordou no outro dia pensou que tinha sonhado Mas chorou arrependido quando ele viu confirmado Com sangue na sua mão o nome do seu pai gravado
O boiadeiro de susto caiu no chão desmaiado Quando acordou no outro dia pensou que tinha sonhado Mas chorou arrependido quando ele viu confirmado Com sangue na sua mão o nome do seu pai gravado
Hoje quando ele passa em frente da santa cruz Sempre reza um padre nosso, pede perdão à Jesus Não viaja mais a noite, viaja durante o dia Todas as cruz que ele passa reza três Ave-Maria
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Jose Fortuna (Ze Fortuna), Miguel Lopes Rodrigues (Piraci), Lianco ECAD: Obra #1427346