Lua grande, noite clara Como para estender a carona No rancho das “querendonas” Governava o bate-coxa Trote largo, rédea frouxa Cheguei “mamao”, e por loco Fui pagando e não quis troco E me enlotei com as “morocha”
Peguei pra o lado da copa E os camoatim se amontoavam As traíras beliscavam Mais ariscas que quatiara Quem não se arrasta, dispara São tudo de pouca cincha... Depois que a gaita relincha Perdem a vergonha na cara!
Total... eu não tenho medo Dessa tal de assombração Não sou de cruzar a perna Nem que rebente o tentão! Se o mundo é dos corajosos Campeio um lugar na aldeia Quanto mais a toca é feia Mais me agrada “arrumá” um poso
Depois de mete umas canha Se “floriamo” com as tinhosas E dando linha na prosa Largamo os cusco no mato... E atropelamo de fato Pra ver o jeito que esbarra De-lhê pandeiro e guitarra E eu firme, que é um carrapato.
No rancho das “querendonas” Quando a cordeona se alça A poeira e a fumaça Fazem adorno no pala Na volta escura da sala Saquemo a lonca do couro Se não se quadra um namoro O baile acaba na bala.