A adaga no rumo certo Donde pulsa o sangrador, Não há espaço pra dor E a sangria se apresenta No calor rubro que aquenta O grito do desaforo, Que a honra de um índio touro Na prateada se sustenta!
Calavera! Foi o grito, No ranchito de má fama, Dos pingo atado nas trama Ficou uma baia lunanca, Com o poncho por riba d'anca Que muito serviu de abrigo Pra o maula que foi ferido De morte, por arma branca!
Comércio de tava e truco Canha branca e china pobre A donde se jogam uns cobre Toreando a volta da sorte... Mas nunca se perde o norte Tampouco se facilita Pensando no que se grita, Pra não se topar com a morte!
Mas nunca se perde o norte Tampouco se facilita Pensando no que se grita, Pra não se topar com a morte!
O corpo no chão de saibro E o baralho sobre a mesa... Foi a falta de destreza E o grito de desacato, Que mataram o mulato Nesta carpeta frontera, Pois, todos são calavera, Mas nenhum carrega o fato!
Depois chegaram os milico E o pançudo comissário, Souberam por comentário E a história, nem que não queira Se quedo por verdadeira Resumida ao chão batido - Que um maula tinha morrido, Na adaga d'um calavera! - Que um maula tinha morrido, Na adaga d'um calavera
Compositores: Leonel da Silva Gomes (Leonel Gomes), Rogerio Pereira Avila (Rogerio Avila) ECAD: Obra #1866534 Fonograma #1201860